quinta-feira, 31 de maio de 2007
Menino inocente
Quando te vejo, estas palavras que agora se arrumam a te encantar
me abandonam,
e fico só, de frente a ti.
O medo me envolve, me descontrola, perco os sentidos
e sem nenhum gesto, sonho.
A imensidão desse amor a se formar é novidade para mim,
pequeno menino inocente,
fico sem saber como te encontrar.
E se em um abraço me perco,
culpa de teus braços que não me deixam só.
Pobre menino sem limites para sonhar,
sonhos estes convertido em versos,
versos que choram sua ausência,
que deliram por uma chance.
Em teus olhos me perco,
e em um momento único, seu sorriso me abre de paixão.
Menino inocente,
que um dia vai aprender a amar.
Por Rafael
segunda-feira, 28 de maio de 2007
ilusão
não me odeie pelo o que eu sou!
Me julgue por aquilo que eu não fiz,
pela minha falta de coragem
Me odeie por eu não ter tentado,
não por eu ter errado
Me ame do jeito que eu sou,
me odeie por não ser,
por não poder
Não me arrependo das minhas decisões,
não me envergonho se assumir
O ruim é se encolher em frente as dificuldades,
o difícil é viver com peso na consciência
Me odeie por eu querer viver,
acertar,
chorar
Só não se esqueça que eu nunca vou te esquecer.
Por Rafael
domingo, 27 de maio de 2007
Caro Amigo
A chance não existe
O trabalho é pouco
E a fome é muita.
Não venhas para cá.
A impunidade é lei
O assalto é costume
E o assassinato é rotineiro.
Não venhas para cá.
A ordem é o caos
O crime é ditador
E o governo é subordinado.
Não venhas para cá.
O carnaval é farsa
A festa é mentira
E o samba é faxada.
Cara amigo,
não venhas para cá.
Pelo menos, não agora.
sábado, 26 de maio de 2007
Confissão
E, ao mesmo tempo,me reconstruindo
E, graças a você,me renovo
Sinto que você me apóia e me condena
coordena meu cérebro e meu coraçao
Aparece na minha vida em conflito
hora Apolo
hora Doinísio
Espero que um dia se decida
e que torne meu coração,hoje inquieto
um lago de lágrimas
ou quem sabe
o mar em uma manhã de verão.
Sobra
O 2º
Cheios de uma doçura única
Parece que têm amor brotando de seus cantinhos
E quando pairam sobre mim me fazem delirar
Mas finjo não perceber
E desvio com um brusco vago olhar
Será essa minha timidez?
Talvez.
Por Amélia
sexta-feira, 25 de maio de 2007
A maior das hipocrisias
Derek fala,
A maior das hipocrisias
“Sou o mais sábio dos sábios, pois sei que nada sei”. Uma bonita frase. Verdadeira até, a maiorias de nós se atreveria a dizer. Mas quem é aquele que realmente pode dizer isso? Quem é aquele que é modesto o suficiente pra ousar dizer essa frase? Ninguém. Pois é inerente a natureza humana a prepotência. Frases como essas são verdadeiras sim, porém se tornam falsas e hipócritas quando ditas por qualquer individuo.
O conhecimento, de maneira geral, traz consigo, necessariamente, a soberba. Prova disso é quando nos propomos a fazer uma avaliação em que já sabemos que passaremos, ou o fato de ensinarmos aos nossos filhos o que é certo e o que é errado. Principalmente esta, pois se sabemos que nada sabemos, como podemos ensinar algo a alguém? Ainda mais se tratando de uma coisa tão subjetiva como o certo e o errado.
Praticamente qualquer exercício da modéstia é falso. Afinal, quem é aquele que nunca sentiu um gosto doce ao dizer, logo após ser elogiado, “ah, que isso..”? A modéstia nada mais é que uma máscara que usamos para encobrir nossos gigantescos egos, com o objetivo de que não sejamos taxados de presunçosos, o que, lá no fundo, sabemos que é verdade.
Mostrar o que sabemos algo é o objetivo final de todos os estudos. Seja para estar seguro no trabalho ou para simplesmente mostrar aos nossos amigos, estudamos para ter noção de que entendemos daquilo. E, se temos noção disso, nunca poderíamos pronunciar aquela frase, pelo simples motivo de “sabermos que sabemos”.
O ser humano é, por natureza, um ser maculado. Não adianta nos valermos de ditados que são “bonitinhos” para esconder essa macula, pois, no interior de nossas almas, sabemos que ela existe. Frases como a abordada não passam de tentativas de fazer exatamente isso, esconder o nosso lado podre. O que se deve fazer é aprender a conviver e aceitar essa podridão, e não omiti-la.
Por Derek
quinta-feira, 24 de maio de 2007
A morte de uma instituição
Por Rafael
quarta-feira, 23 de maio de 2007
terça-feira, 22 de maio de 2007
Marcha Fúnebre
Seus olhos estavam fixos no mais ausente espaço vazio. As mãos suavam, os pés tremiam, a cabeça girava... Nunca esperara que o recebimento de sua sentença seria assim... tão tenso. Sempre imaginou, com a mais absoluta certeza, que a resposta seria positiva, e foram pouquíssimas as vezes que uma reprovação lhe passou pela cabeça. Porém agora toda aquela certeza tinha ido embora, empurrada pelos pensamentos pessimistas.
Só conseguia imaginar sua mãe aos prantos com a noticia.... O olhar fulminante de seu pai para ele... A cara de desaprovação de seus irmãos.... Nenhum deles, nem Gabriel nem Yan, passaram por uma situação desesperada com como esta! Nenhum dos dois chegou tão perto de representar uma decepção tão grande pros seus pais... seria ele, então, a maior vergonha da família.
Ele se arrependia tanto do maldito dia que tinha feito aquela maldita droga! Se arrependia tanto da hora em que optou por fazer aquilo no lugar de seguir uma vida certa como comerciante ou como fotógrafo... Quantos não são os donos de loja bem sucedidos por aí? Quantos não são os jornalistas ganhando milhões? Mas não... aquilo não era o suficiente para ele, queria mais! E agora, o máximo que vai conseguir é um lugar na fila dos desempregados...
Havia se esforçado. Sim, se esforçara muito para não estar ali, se sentindo assim... Mas, ao que se podia ver, não foi o bastante! Tinha de ser mais. Somente assim conseguiria evitar todo essa angústia.
Mas agora era tarde. Ele sabia que nada podia fazer além de rezar para que não fosse morto pelo pai. Se bem, que talvez nem Deus tivesse força pra isso. Foi então que lembrou da promessa que fez um tempo atrás para que conseguisse obter a resposta desejada. Ele jurou subir a escadaria da Igreja da Penha de joelhos se tudo desse certo. E estava desposto a subir até com as mãos, se sua prece fosse ouvida.
E assim foi. Com a mente perdida no obscuro futuro que se seguia chegou em fim no lugar onde receberia a notícia que mudaria sua vida para todo o sempre. Parou em frente, tomou coragem e disse:
- Me vê uma Folha Dirigida, por favor?
O senhor já idoso, com uma expressão compadecida, pegou o jornal e falou:
- UFRJ, né?
O vestibulando respondeu com um sorriso torto, de quem não quer dizer que se encontra numa situação ruim e, com um gesto lento cheio de medo e incerteza, pegou o pedaço de papel que lhe era entregue.
Foi direto na lista de aprovados. Primeiro, desesperou-se para encontrar medicina. Depois, procurou, sem sucesso, seu nome por toda a coluna... sem sucesso! Desesperou-se novamente. Até que, então, descobriu que havia uma segundo parte. E lá estava o seu nome.
Por Derek
Ode a loucura
Em hipótese nenhuma pense, deixe se levar para dentro de si mesmo, sinta o grau de loucura do ser humano, da sociedade, sinta-se louco. Rejeito a sua realidade e substituo pela minha! Seja igual a mim, e não me copie. Não repita meus atos certos, somente os errado. Minhas escolhas erradas, serão as suas certas. Certamente definir loucura não é normal, escrever sobre a vida, sentimentos, não é normal. Sentimentos não são normais. Não é normal gostar de alguém, não pense você que pensar seja normal, quem é normal é louco! A vida é seria demais para que se seja serio, ou normal. O ser humano é muito complexo para ser entendido, muito mais simples nos auto denominar loucos. A teoria da loucura consiste em estar sempre um passo a frente de seus pensamentos. Saber o que você vai pensar é essencial para que se pense. Ande pensando no próximo passo, olhe pro céu em um dia nublado e veja estrelas, esta é a essência da teoria! Curta a vida, saia na chuva, pegue sol na sombra de uma árvore, sonhe acordado e pense dormindo, não seja o que todos esperam que você seja, surpreenda! Acorde em uma bela manhã e mande uma carta para você mesmo. Escreva coisas que você não saiba e só leia o que você já sabe. Dirija seu carro na contra mão, acelere no sinal vermelho, e pare no verde. Seja você mesmo, ao menos uma vez na vida, sem ter medo de ser chamado de louco. Não lembre do passado, pois isso é coisa de maluco. Não pense no futuro, não planeje o futuro, porque isso é coisa de gente normal. Não viva o presente, não respire, não pense. Seja o que você quiser ser, mais não seja igual a mim. Não adote um padrão e nem seja diferente de todo mundo. Loucura é ouvir som alto, tão alto quanto você possa aguentar. Normal é ouvir som baixo, o suficiente para se ouvir, mas quem nunca precisou de um som alto para animar a vida? Vida essa que resolve brincar com sentimentos, brincar com seu presente, brincar de mudar o futuro. Somos responsáveis pelo nosso futuro, porem não podemos muda-lo. Sonhos nada são alem de desejos frustrados. O normal agora é ser anormal.
Por Rafael