quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O 15º

“Ser médica sempre foi o sonho da minha vida” pensei em abril, no primeiro surto de dúvida que tive sobre que profissão seguir. A vida inteira, repeti que iria fazer medicina, mas naquela semana, toda minha certeza tinha evaporado. Durante aqueles dias diversas paixões tomaram conta dos meus sonhos.
Culpa dos amigos. Sim, culpa deles, que ficavam colocando na minha cabeça que eu sou “humanas”. Humanas? Como posso? Não sei. Mas caí, e caí bonito na tentação de passar minha vida escrevendo textos simples. Escrever é uma paixão, daquelas bem malandras que gostam de me instigar às vezes. É tão danada que rouba a cena, como está fazendo agora, nessa metalinguagem sem fim.
“Medicina”, dizia meu coração. “Literatura”, dizia minha imaginação. Ambas com argumentos tão fortes para me convencer, tão seguras em seus “finais felizes”... Não tive escolha. Felicidade é instinto. Agarrei as duas com unhas e dentes, batalha duríssima. A vencedora? Eu. Que saí dessa história com uma paixão em cada manga e o sorriso mais feliz.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Memórias

Em homenagem as bolas de poeira que rondam este blog..

"Pode se passar meses, talvez ate anos, mas é só ouvir seu nome que esse amor reaparece como se nada tivesse mudado, para que dizer eu te amo, se você não esta por perto pra ouvir, pra que te sentir vivo aqui dentro se nem seu calor tenho mais pra me aquecer, como gostar de alguém tão presente dentro da gente e tão distante das mãos.

Às vezes sua falta parece uma ferida que não se cura, eu juro que tento te esquecer, que busco outra pessoa no seu lugar, mas de nada adianta, você esta sempre aqui dentro do meu peito, cravado na minha alma....

Eu queria te dizer tanta coisa mas por covardia me calei, tive medo de ouvir sua voz dizendo não da mais, de mais uma vez te ver indo embora e destruir um coração que já esta em pedaços...

A saudade é a pior companheira, caminha lado a lado, silenciosa e quieta, quando mais precisamos de um carinho, de uma palavra, nesses dias em que a solidão aperta e nem mesmo o céu estrelado, a lua radiante são capazes de amenizar a dor, eu imploro ao meu coração para que te esqueça, mas de nada adianta você ta feito tatuagem marcado em meu corpo, esta preso no meu passado, e nas minhas esperanças para o futuro, por que será que tem que ser assim, foi te perdendo que te encontrei aqui dentro, e agora não consigo te tirar da minha mente...

Sei que os anos conhecem as respostas, das perguntas que os dias sofrem por não te-las, mas sei também que esperar não é o bastante pra mim, não tenho o direito de culpar o destino ele fez sua parte, agora só me resta roubar as lembranças do passado e esperar que o tempo possa secar minhas lágrimas; passar os dias fingindo que posso te esquecer e a eternidade me culpando pela sua falta, sorrir quando na verdade queria estar chorando e me fazer de forte quando não existir mais forças, não posso mudar o passado, só tenho o presente nas mãos, tenho um coração esmagado pela saudade e um medo terrível de enxergar a verdade, tenho você cravado na alma e uma vontade enorme de gritar seu nome, pra quem sabe assim não me sentir tão sufocada.

Espero que o tempo realmente conheça as respostas e me faça entender os motivos...e faça também com que a saudade se transforme em lembranças, e termine com essa dor que cada dia mais me consome, me enlouquece e me tira o sono.

Que o tempo não demore de mais com as respostas... só Deus sabe o quanto é difícil esperar...."

Autor Desconhecido

Por Rafael

sábado, 1 de dezembro de 2007

Reflexos

Na falta de palavras
passo dias a fio, em total silêncio.
A reflexão mais profunda
de um ser tão superficial,
uma sucessão de incógnitas tão certas
que deixam dúvidas de sua existência.
E assim, sobre os meio-fios da vida,
me equilibro a fim de sobreviver nessa selva,
nasci e fui criado nesse clima de "o que será amanhã"
vivo seguindo impulsos,
até o dia que um deles me levar para um voo sem volta.

Por Rafael

sábado, 17 de novembro de 2007

O início

Abriram as cortinas para a grande estréia,
seria somente mais uma noite qualquer.
Mas não dessa vez,
pobre menino, achou que poderia viver sonhando,
sonhar escrevendo,
morrer tentando!
É só o início de mais uma vida sem contexto.
Serão palavras e idéias ao vento
versos de angustia,
lágrimas solitárias, decepção.
E só mais um menino que passa despercebido
por este mundo de provas,
que tenta a todo momento, derrubar,
nosso mais novo poeta.

Por Rafael

sábado, 10 de novembro de 2007

A vida em flores

Sonhei que sonhava,
acordei assustado! E agora,
durmo com medo, vivo de segredos.
Sombras do destino,
tive a audácia de pensar que poderia ser feliz.

Por Rafael

sábado, 27 de outubro de 2007

O manifesto

De tristes alegrias solitárias:

São dias e palavras,
em silêncio.
Sorrisos, lágrimas e a chuva,
tristes.
O manifesto das alegrias solitárias.
Da memória, as paixões,
do futuro, páginas em branco.
São dias e palavras,
ainda mais silenciosos.
Sorrisos, lágrimas e a chuva,
manifestos das tristes alegrias solitárias.

Por Rafael

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Balada do Enterrado Vivo

É simplesmente fúnebre, bizarro, genial. Só podia ser do poeta.

Por Amélia


Na mais medonha das trevas
Acabei de despertar
Soterrado sob um túmulo.
De nada chego a lembrar
Sinto meu corpo pesar
Como se fosse de chumbo.
Não posso me levantar
Debalde tentei clamar
Aos habitantes do mundo.
Tenho um minuto de vida
Em breve estará perdida
Quando eu quiser respirar.

Meu caixão me prende os braços.
Enorme, a tampa fechada
Roça-me quase a cabeça.
Se ao menos a escuridão
Não estivesse tão espessa!
Se eu conseguisse fincar
Os joelhos nessa tampa
E os sete palmos de terra
Do fundo à campa rasgar!
Se um som eu chegasse a ouvir
No oco deste caixão
Que não fosse esse soturno
Bater do meu coração!

Se eu conseguisse esticar
Os braços num repelão
Inda rasgassem-me a carne
Os ossos que restarão!
Se eu pudesse me virar
As omoplatas romper
Na fúria de uma evasão
Ou se eu pudesse sorrir
Ou de ódio me estrangular
E de outra morte morrer!

Mas só me resta esperar
Suster a respiração
Sentindo o sangue subir-me
Como a lava de um vulcão
Enquanto a terra me esmaga
O caixão me oprime os membros
A gravata me asfixia
E um lenço me cerra os dentes!
Não há como me mover
E este lenço desatar
Não há como desmanchar
O laço que os pés me prende!

Bate, bate, mão aflita
No fundo deste caixão
Marca a angústia dos segundos
Que sem ar se extinguirão!

Lutai, pés espavoridos
Presos num nó de cordão
Que acima, os homens passando
Não ouvem vossa aflição!
Raspa, cara enlouquecida
Contra a lenha da prisão
Pesando sobre teus olhos
Há sete palmos de chão!

Corre mente desvairada
Sem consolo e sem perdão
Que nem a prece te ocorre
À louca imaginação!
Busca o ar que se te finda
Na caverna do pulmão
O pouco que tens ainda
Te há de erguer na convulsão
Que romperá teu sepulcro
E os sete palmos de chão:
Não te restassem por cima
Setecentos de amplidão!

Por Vinicius de Moraes

sábado, 13 de outubro de 2007

No caminho dos sonhos

Escadas em silêncio,
uma folha de papel em branco
e um sonho diferente.
Viagem de olhos fechados,
mais um passo
e de volta ao meu mundo.
Paraíso
de paisagens e caminhos.
Velhos amigos.

Por Rafael

terça-feira, 9 de outubro de 2007

O 14º

Nos seus olhos vi o colorir dos dias
Manhãs quentes de abraços,
Frias de madrugadas
E de suspiros,
melancolias.

Por Amélia

sábado, 29 de setembro de 2007

S.O.B.R.A.

Ilusão pensar que a vida é só poesia.
Existem momentos tristes,
os momentos difíceis,
existem até dias
em que você só pensa em sumir.
Ilusão é pensar que estamos sozinhos nesse mundo,
são tantas ilusões
que eu não sei o que seria deste ano sem vocês.
Amélia, Marilu e Derek,
esse texto não tem forma, sabe porque?
Porque esse ano vocês me mostraram
que para a mais pura amizade não existem formas,
perguntem a mesas e cadeiras, quantos recreios
e quantas pós aulas no Bobs foram recheados de risos e alegria.
Como diria o poeta:
"sobra simpatia, sobra beleza, sobra inteligência, sobra cultura.... E sobra inutilidade.."
Grandes momentos,
e não tem como não parar com as "formas fordistas"
pra falar de vocês!
Carinho, dedicação, atenção
e muito, muito amor..
Afinal somos todos
Foooodas, \o/
SOBRAS!

Dedicado a três pessoas muito mais que especiais..

Por Rafael

sábado, 22 de setembro de 2007

Escolhas
















Caminhos,
de liberdade, de tempestades.
Caminhos errados aos lugares certos,
todos falam dos caminhos.
Eu ainda procuro os meus.

Por Rafael

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O 13º

"Porque nada se cria, tudo se transforma..."

Por Lavoisier


Para muitos é namorado
Para mim é irmão
é amigo
é amante
é perfeição.

Já faz parte de mim
Já é meu coração.
O que antes era tão simples
Se tornou constelação!

E nesse meu mundo
Ele me encontrou.
Em meio as minhas florzinhas
de papel crepom...

Você, bombom.

Por Amélia

domingo, 9 de setembro de 2007

Quem és?

Quem és tu, estranho?
Com teus olhos escuros
Com teus cabelos pretos
Com tua pele morena

O que tu queres?
Com tuas lágrimas contidas
Com tuas respostas curtas
Com tua postura arrogante

Para onde tu vais?
Com teus desejos incertos
Com tuas opiniões fixas
Com teu futuro determinado

Quem és tu, estranho?

Quem és tu, espelho?

Por Derek

terça-feira, 4 de setembro de 2007

O 12º

Quando tudo escurecia
Era você quem eu chamava
Meu olhos chorosos sustentavam
Os seus... tão cansados...

Ainda lembro daquelas noites quentes
A melodia ainda dança em mim
Aqueles dias, em que no seu ombro
Eu ouvia atenta, minhas atuais
Melhores lembranças.

Por Amélia

domingo, 2 de setembro de 2007

Diagnóstico

"Gostaria de, antes de mais nada, esclarecer que não escrevi isso quando tinha 2 anos de idade. E que também não foi meu primo que ainda leva merendeira pra aula. Foi só um lapso de infantilidade repentina. Espero que gostem. Minha criança interna agradece."

Perguntei o que era aquilo
Me responderam que se tratava de desilusão
Desesperado, perguntei se aquele mal tinha cura
Me disseram que, infelizmente, não
Que o único remédio para aquilo
Era um novo coração

Por Derek

sábado, 1 de setembro de 2007

Despedida

Escrevo versos de despedida.
Eu vi o fim antes de começar,
são lágrimas acompanhadas
de versos tristes.
Talvez isso tenha acabado,
mas não vai parar aí.
Eu estou aqui por você,
se você se importasse.
Você tocou meu coração,
mudou minha vida e seus objetivos.
Amor cego, eu soube disso quando
partilhei meus sonhos.

Por Rafael

terça-feira, 28 de agosto de 2007

O 11º

Ela um dia me disse
que era a minha melhor amiga
Que prepotência a dela!

Nunca me esqueci desse dia
Em que ela era a boba
E eu, a esperta.

Ah! Mas que esperteza passageira...
Não durou nem dez centímetros
Eu cresci
Ela, não mais.

Mãe é mãe.


Por Amélia

terça-feira, 21 de agosto de 2007

O 10º

Naquele domingo
Os ventos nas esquinas
Não pareciam tão gelados
O sol nos abraçava

E hoje ainda sinto nos sonhos
Aquelas manhãs ensolaradas
As maçãs já vermelhas
madurinhas...

Por Amélia

sábado, 18 de agosto de 2007

Vazio

Sou um sonhador,
mas quando acordo,
você pode destruir meus sonhos.
Já te vi chorar,
já te vi sorrir.
E ainda assim seguro sua mão na minha,
quando estou dormindo.

Por Rafael

terça-feira, 14 de agosto de 2007

O 9º

O tempo que vai e não volta
É feito de passado mal vivido
Pois tempo bom, é presente
Nas lembranças, no não esquecido...

Por Amélia

domingo, 12 de agosto de 2007

Ismália

Depois de anos sem aparecer aqui, não venho trazer novidades. Mas trago um dos meus poemas favoritos e espero que gostem. Prometo que logo apresentarei algo novo. Até lá!

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

(Alphonsus de Guimaraens)


sábado, 11 de agosto de 2007

Cartas de saudade

Um dia me falaram que existem pessoas que aparecem na sua vida,
quase que do nada.
E eu não levei muito a sério.
Como alguém pode aparecer e te conquistar?
Se até hoje eu ainda não sei,
procuro buscar a resposta nos seus sorrisos.
Depois me falaram que existem pessoas
que quando você conhece não consegue esquecer,
e eu pensei, besteira,
o tempo faz você esquecer qualquer um.
Até que um dia eu conheci uma menina,
que alem de estar sempre sorrindo tem um jeito completamente diferente,
encantador.
Depois de um tempo eu percebi que todo esse papo ideológico era verdade,
realmente existem pessoas que te conquistam.
E hoje eu tenho que te falar,
você foi essa pessoa que me fez descobrir tudo isso,
por isso esta não é uma carta de despedida,
certas pessoas não saem da nossa vida.

Por Rafael

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Poeminha

Sonhar é realmente essencial?

retire 10% da sua vida para sonhar

100% de sua força para realizar

Porque enquanto você está sonhando,

algumas pessoas clamam por uma realidade

para que seja possível voltarem a sonhar.


"Todos os sonhos têm o sonhador como centro. Os sonhos são absolutamente egoístas."

Freud


por Marilu

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O 8º

... Então segurei sua mão
de levinho, porém forte o suficiente
para fazer daquele momento
a primeira delícia em nossas vidas.

Por Amélia

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Narcisismo pscicológico

Todos se acham inesquecíveis.

Por quê você é inesqucível?

Um belo rosto?

Um belo sorriso?

Isso realmente não importa.

Lembre-se que uma flor nunca é lembrada por suas pétalas

e sim, pelo seu perfume

Por Marilu

terça-feira, 24 de julho de 2007

Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!

Por Mario Quintana

terça-feira, 17 de julho de 2007

O 7º

Porque o amor é assim mesmo
Emoção fantasiada de sorriso;
E os olhares... ah os olhares...

Por Amélia

domingo, 15 de julho de 2007

O velho e a fonte

Depois de tantos anos de ausência, aqui, enfim, estou eu.
Espero que gostem.


Seus olhos se estendiam, determinados e gulosos, sobre o espelho d'água daquela fonte que era tudo o que ele sempre quis e imaginou. Depois de tantos anos de busca e procura tinha, enfim, encontrado. Não podia acreditar, a eterna juventude era, por fim, sua, como sempre sonhou. Sua!

Terminou, então, de estender-se sobre o lago e viu em sua superfície o que pensou que jamais veria novamente. Viu-se jovem. Com a mesma idade que devia ter quando começou sua caça por aquela fonte. Era maravilhoso. Inacreditável. Queria aquilo mais que tudo no mundo. Era sua. A eterna juventude era sua. Sua!

Foi então que, de súbito, com uma força e com um vigor que acreditava não ter mais, pulou nas águas dos seus sonhos. Por não se sabe quanto tempo, brincou e nadou ali como uma criança. Esqueceu-se da vida, do tempo... sua única preocupação era o que faria quando saísse jovem dali. A eterna juventude era sua. Sua!

Quando se deu por si, enfim, olhou para suas mãos e viu que agora elas não tinham mais rugas; viu o reflexo de seu cabelo e alegrou-se por não ter mais os fios brancos; passou as mãos em seu rosto e esse estava liso, sem nenhuma dobra ou ruga. Ele era jovem novamente. Estava, de novo, na flor da idade. Ele tinha a eterna juventude. Seria jovem para sempre.

Porém, quando saiu do lago e deu seus primeiros passos para sua nova vida, tudo aquilo passou. Suas mãos voltaram a ser enrugadas; seu cabelo voltou a ser branco; seu rosto voltou a ter rugas... e ele voltou a ser velho. A magia havia passado. Ela só tinha efeito dentro do lago, não fora dele. Ele não era mais jovem.

Depois disso, o velho desesperou-se. Gastou toda sua vida querendo ser para sempre jovem e hoje não podia ter isso. Não aproveitou o pouco que tinha querendo ter tudo e, agora, não tinha nada.

Desiludido e desnorteado, mergulhou de novo no lago e nadou até o mais fundo que pode, até que não conseguiu mais voltar. Ali ele morreu e conseguiu o que há muito buscava: ficou para sempre jovem nas águas da fonte que, depois de tanto tempo, encontrou.

A eterna juventude era, por fim e para sempre, sua. Sua!


Por Derek

terça-feira, 10 de julho de 2007

O 6º

Filosofando na melhor aula da semana...

Dizem que a felicidade está nas coisas simples da vida
Bem, definitivamente, física não é uma coisa simples da vida.
Logo, a felicidade não está na fisica.

É cada desculpa que esse povo encontra pra não estudar... tsc tsc...

Por Amélia

quinta-feira, 5 de julho de 2007

A essência

Por hoje já me decidi.Não farei nada ou, pelo menos, nada que me obrigue a fazer um esforço físico maior que mover os meus olhos.Tirarei o dia para reavivar meu bem-estar,meu gosto pela vida e minhas forças para continuar,amanhã,essa rotina que me consome.

Todos nós pelo menos 1 dia já sentimos essa vontade.Quando estamos cansados,não queremos falar com ninguém, ficamos mal-humorados e queremos apenas relaxar.Portanto,não me julguem.

E assim fiz.Pela primeira vez na vida fiz o nada ou parte dele.Preciso que não me pergunte quanto tempo fiquei ali, parada,estática,como um vegetal sem luz e sem cor em um dia sem objetivo.
Totalmente inútil.

Amanhecendo um novo dia,volto a minha rotina:acordo,escovo os dentes,me visto e vou para o trabalho.Vejo as mesmas pessoas,os mesmos problemas... NADA mudou.

Voltando para casa, olho as pessoas ao meu redor.Percebo que a maioria delas se comporta como eu no dia anterior e pior,eu não fujo a regra.Nos preocupamos tanto com os nossos problemas que,no final do dia,não fazemos nada de útil.Há apenas o egoísmo pairando sobre nós.

Eu não sou egoísta porque nem em mim penso quando nada faço.Assim,o que importa não é necessariamente fazer algo.O conselho que dou, é apenas tentar ter gratidão,diariamente, pela oportunidade da vida.

Por Marilu

domingo, 1 de julho de 2007

Falta de imaginação


Provavelmente o que eu estou fazendo é crime de plágio, mas prefiro ser preso a deixar meus fieis leitores sem ter o que ler nesse domingo tão animado. Está bom, eu sei, é uma péssima desculpa, o fato é que estou com vontade de postar, só que meu texto não ficou pronto e eu tenho que postar alguma coisa. Porém, juro que a culpa por esse desleixo não é só minha, e a ausência de um texto aqui hoje se deve ao Paulo Henrique e às instabilidades da minha vida. Ademais, espero que gostem do tirinha dos Malvadões. Reflitam sobre ela e escrevam uma dissertação de 25 linhas sobre... hahahaha! (o pH me faz mal! Odeio minha vida!)
Ah sim, não escolhi a toa essa tirinha! A peguei por não há melhor imagem do meu futuro! hahahaha!

sábado, 30 de junho de 2007

As sem-razões de amar você

Ausência me antecipa,
vejo aquele dia como poesia.
Eu descrevia cada letra,
sem razões de amar você.
Nos cantos do mundo
ouvi o rumor dos seus passos.
As pegadas deixaram rastros distantes
O tempo passava
e com ele a distância.
Você,
cada vez mais perto.
O mundo que dê duas voltas
e espere.
Você é mais importante.

Por Rafael

terça-feira, 26 de junho de 2007

O 5º

As milhares de sensações se revelam de uma só maneira:
Um sorriso inconsciente.

Por Amélia

domingo, 24 de junho de 2007

Lágrimas do Céu

Deitada na calçada imunda, em um estado de transe quase sobrenatural, Sofia permanecia imóvel a praticamente qualquer estímulo. Como um cão, um bicho, ela já não possuía nenhuma noção real do que se passava ao seu redor e sua mente conhecia, agora, somente o mais primitivo dos sentimentos: a dor. Nada além disso era notório, nada além disso era significativo... estava presa às suas próprias lágrimas e às suas próprias alucinações.
Como se sensibilizado pelo estado deplorável da menina, até mesmo o céu começou a chorar. Contudo, parecia que nem mesmo as gotas frias de dor que caíam do alto sobre ela eram capazes de tirá-la de seu torpor. Elas, lentamente, caíam pelo seu rosto e se misturavam às suas próprias lágrimas; lavavam as manchas roxas em seu braço; tiravam o seu sangue que havia na seringa.
E, por não se sabe quanto tempo, ali Sofia se manteve. Estática, pálida, inerte, ela parecia esperar pelo socorro de alguém que não aparecia. Para si mesma e para os outros, ela não passava de uma sombra, um fantasma, algo incômodo com o qual somente os ratos conseguem lidar.
Entretanto, para o alívio de Sofia e daqueles que ouviam os seus gritos, pouco a pouco, a ajuda começou a aparecer. Vinda com as lágrimas do céu, ela lavava com a aguá fria os gritos de dor, a agonia imóvel, o choro sofrido. Até mesmo as gotas gélidas que vinham do alto começaram a se tornar menos intensas. E, então, a dor, por fim, cessou.
Sofia ali mesmo se manteve. Estática, pálida, inerte.

terça-feira, 19 de junho de 2007

O 4º

... Depois é sua mãozinha
Que abraça-me num simples tocar
Aquece, Protege
Para depois abandonar...

Eram apenas gestos
e meias palavras ...

Por Amélia

sábado, 16 de junho de 2007

Historias de uma vida sem fim

O João,
Mas porque mares tão distantes?
Além da sua própria capacidade de amar.
Caí nessa vida amigo,
viagem sem volta.
Leva contigo sua amada,
cante os versos ainda nem escritos.
Amigo,
porque tão longe?
Vida sofrida,
não vejo saída.
Ainda que me reste poesia,
meus sonhos acabaram.
Vira essa página,
tente de novo,
novos versos, nova vida.
Nada me resta,
nem mesmo o tempo.
Me molho na chuva,
são lágrimas perdidas.
Não conte este conto amigo,
não há nada perdido.
Perdido não há,
o que meu nunca foi.
Desculpe as palavras,
culpe meus traços.
É agora a minha despedida,
apago hoje meu último sonho,
você amigo.

Por Rafael

terça-feira, 12 de junho de 2007

Saudade

"Hoje, dia dos namorados, um dia inspirador... mas não me inspirou... Então deixo vocês com meu mestre, uma delicia chamada Mario Quintana. Feliz dia dos Namorados para todos!"


Na solidão na penumbra do amanhecer.
Via você na noite, nas estrelas, nos planetas,
nos mares, no brilho do sol e no anoitecer.

Via você no ontem , no hoje, no amanhã...
Mas não via você no momento.

Que saudade...

domingo, 10 de junho de 2007

Quando

Derek fala:
"Bom, esse é um texto bem antigo meu, com mais de 1 ano, mas com o qual eu ainda me identifico bastante. Não é, nem de perto, algo parecido com as outras coisas que eu já postei aqui no blog, o que se deve, principalmente, fato de que ele foi escrito em um período bem diferente do que o que eu estou vivendo agora. Contudo, ainda é uma parte de mim, como toda a minha vida sempre vai ser.
Espero que gostem!"

Quando

Quando perco o poder de viver
é para os sonhos que me volto
Quando perco o poder de mudar
é na vontade que me sustento
Quando perco o poder de sentir
é do desejo que me valho

Quando deixo de ser
é em todos q me torno
Quando deixo de ter
é o tudo que ganho

Quando quero fingir ser feliz
é para o meu mundo que fujo.

Por Derek

sábado, 9 de junho de 2007

Carta a um rival

Caro rival,
Bom dia!
Dizem ser impossível
dialogo entre trilhos de trem
mas somos paralelos
que o destino encontra frequente.
Te dou um conselho
para que não facilite o meu trabalho.
É importante!
Resistência aos meus versos irônicos
para todo o sempre.
Coloque as suas mãos dentro dos bolsos,
não tente jamais apagar meus sorrisos.
Espero que desempenhe bem o seu papel,
e se por acaso os fatos não ocorrerem
como o seu desejo te cobra a todo momento,
não se desespere, insista até o fim.
Se em algum tempo você perceber que a sua luta é inútil,
não se entregue,
culpe o destino.
Meus sinceros votos de felicidade.

Por Rafael

terça-feira, 5 de junho de 2007

O 3º

Hoje perguntei ao meu coração se essa aflição se chamava Amor. Ele respondeu que sim, óbvio, e ainda acelerou como se brigasse comigo! Coração autoritário esse meu! Dominou minha razão e ainda disse: “Deixa de ser boba!”.


Por Amélia

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Seja mais

Não existe palavra,
nem filosofia
que salve.
Aprenda a ler o teor do texto,
se atenha as palavras apenas
e aceite a carga de inutilidade que o prende.
Veja cores, pense poesia
alcance o reflexo de uma sinfonia.
Pense grande,
Alias, não pense
Sonhe!
Admita a infinidade da alma,
voe a lugares inexistentes
aprenda a conquistar.
Aprofunde lagrimas
para ver o sentido da vida,
ganhe sorrisos e
retribua olhares.
Ainda após
não esqueça,
eu te amo.


Dedicado a um momento, uma vida!


Por Rafael

domingo, 3 de junho de 2007

Cor

Derek fala:
"Bom, não tenho muito o que falar a respeito deste texto, somente que dedico isso a uma amiga muito especial que está fazendo aniversário hoje.
Pow, eh isso... espero que gostem!"

A chuva já se prenunciava e, cada vez mais, as pessoas nas ruas alongavam seus passos, indo para suas casas ou procurando um lugar para se abrigar. E, no meio deste mar revolto de homens e carros, eu me perdia em meus próprios pensamentos e me entorpecia com minhas próprias mágoas. Meu futuro, agora, não era diferente de uma das incertas gotas da tempestade que se seguia, que se punham a total mercê da vontade do vento.
Foi então que a chuva começou a cair. Aproximei-me, quase inconscientemente, de uma das sacadas, para me proteger da dela, enquanto a maioria dos passantes a minha volta corria ou abria guarda-chuvas. Em meio a todo este caos, senti, então, uma pequena mão puxar, delicadamente, a barra de minha calça.
Sobre meu jeans claro, aquela mãozinha morena e suja se destacava de maneira antagônica e injusta. A dona desta era uma pequena menina que não devia possuir muito mais que seis ou sete anos. Ela tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo e vestia um moletom, sujo e encardido, muito maior do que realmente devia ser. Porém, mesmo mal cuidada, era linda, com feições delicadas, olhos puxados e pele cor de jambo.
Tinha na mão livre rosas vermelhas como sangue e, ao seu lado, havia um pequeno balde onde ela punha o dinheiro que recebia. As rosas e seu sorriso claro fizeram dela um pequeno ponto de luz em meio ao dia cinzento e àquelas pessoas sem rosto.
– Quer um rosa, senhor? - disse ela.
– Eu adoraria. Ainda mais vinda de uma menina linda como você. - falei, enquanto tentando disfarçar toda a tristeza e desesperança que me perseguiam aquele dia. - Quanto custam?
– Uma por um e três por dois.
– E se eu levar quatro rosas, quanto vai sair? - perguntei brincado com ela.
– Ah, não sei, senhor. Minha mãe só me disse isso. - respondeu, enquanto virava o olhar em direção aos pés, como uma demonstração de vergonha.
– Veja-me uma rosa, então. Mas quero a mais bonita que você escolher!
Nesse momento, seu rosto se levantou rapidamente com um imenso sorriso estampado nele, como se aquilo representasse um grande presente para ela e, sem pensar duas vezes, escolheu aquela que, para ela, era a mais bonita rosa que tinha.
Entreguei-lhe uma nota de cinco reais, dizendo a ela que, se era a rosa mais bonita, era, então, mais cara. Por um instante a menina pensou se aquilo era certo, mas logo aceitou, com uma grande expressão de alegria e pôs a nota junto as demais no balde ao seu lado. Com suas mãos sujas e tão pequenas e delicadas, me entregou a flor vermelha como sangue e macia como veludo.
- Qual o seu nome? - indaguei eu, enquanto pegava a rosa que ela segurava.
- Sofia, senhor. Me chamo Sofia. - respondeu ela, com uma pequeno ar interrogativo em seu rosto.
- Essa rosa é um presente, Sofia. Meu para você. Gostou? - Abri um sorriso, o primeiro daquele dia. Toda a alegria da menina parecia ter me contagiado, e não conseguia fingir não estar bem ao seu lado.
O sorriso dela se tornou mais profundo, e parecia não acreditar naquilo. Agarrou a rosa e, em um ato absolutamente impulsivo e verdadeiro, pos as demais que segurava no balde ao seu lado e abraçou-me.
Nunca mais esquecerei isso. Aquela menina e aquele abraço mudaram meu dia, fizeram dele um painel menos cinza e, de mim, homem com mais cor.

Por Derek

O começo do fim

Minha poesia já não pode ser ouvida,
meus versos não fazem mais sentido.
Me calo
as minhas palavras não me traduzem,
não me servem.
Meus sonhos perdem o sentido
Peço que volte, que fique.
Cada dia
uma nova surpresa,
cada surpresa
uma decepção.
Cada segundo pareço estar mais perto do fim,
talvez agora seja o fim.

Por Rafael

sábado, 2 de junho de 2007

Memórias de uma palavra

Neste papel,
agora molhado de lágrimas.
Já passaram rimas de amor,
passaram dias tristes,
dias felizes.
Mas nada como você,
que inspira
Suspiro!
Cada noite,
um verso.
Cada sorriso,
um olhar.
Quando as palavras se vão,
o poeta se perde
de encantos, amores.


Dedicado a uma menina linda que ilumina os meus sábados.


Por Rafael

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Menino inocente

Não sei mais o que fazer.
Quando te vejo, estas palavras que agora se arrumam a te encantar
me abandonam,
e fico só, de frente a ti.
O medo me envolve, me descontrola, perco os sentidos
e sem nenhum gesto, sonho.
A imensidão desse amor a se formar é novidade para mim,
pequeno menino inocente,
fico sem saber como te encontrar.
E se em um abraço me perco,
culpa de teus braços que não me deixam só.
Pobre menino sem limites para sonhar,
sonhos estes convertido em versos,
versos que choram sua ausência,
que deliram por uma chance.
Em teus olhos me perco,
e em um momento único, seu sorriso me abre de paixão.
Menino inocente,
que um dia vai aprender a amar.

Por Rafael

segunda-feira, 28 de maio de 2007

ilusão

Não me odeie por coisas que eu fiz,
não me odeie pelo o que eu sou!

Me julgue por aquilo que eu não fiz,
pela minha falta de coragem

Me odeie por eu não ter tentado,
não por eu ter errado

Me ame do jeito que eu sou,
me odeie por não ser,
por não poder

Não me arrependo das minhas decisões,
não me envergonho se assumir

O ruim é se encolher em frente as dificuldades,
o difícil é viver com peso na consciência

Me odeie por eu querer viver,
acertar,
chorar

Só não se esqueça que eu nunca vou te esquecer.

Por Rafael

domingo, 27 de maio de 2007

Caro Amigo

Não venhas para cá.

A chance não existe

O trabalho é pouco

E a fome é muita.


Não venhas para cá.

A impunidade é lei

O assalto é costume

E o assassinato é rotineiro.


Não venhas para cá.

A ordem é o caos

O crime é ditador

E o governo é subordinado.


Não venhas para cá.

O carnaval é farsa

A festa é mentira

E o samba é faxada.



Cara amigo,

não venhas para cá.

Pelo menos, não agora.


Por Derek

sábado, 26 de maio de 2007

Confissão

A cada suspiro que dou sinto você me corroendo por inteira
E, ao mesmo tempo,me reconstruindo
E, graças a você,me renovo
Sinto que você me apóia e me condena
coordena meu cérebro e meu coraçao
Aparece na minha vida em conflito
hora Apolo
hora Doinísio
Espero que um dia se decida
e que torne meu coração,hoje inquieto
um lago de lágrimas
ou quem sabe
o mar em uma manhã de verão.

Sobra


Agora é a hora de tentar inovar,
inovar no ser,
no existir.
Inovar na maneira de amar,
pensar.
É a hora de tentar!

Por Rafael

O 2º

Primeiro são os olhos
Cheios de uma doçura única
Parece que têm amor brotando de seus cantinhos
E quando pairam sobre mim me fazem delirar

Mas finjo não perceber
E desvio com um brusco vago olhar
Será essa minha timidez?

Talvez.

Por Amélia

sexta-feira, 25 de maio de 2007

A maior das hipocrisias

Derek fala,

"A vida é feita de bons e maus momentos e escrevi esse texto que se segue em um daqueles períodos que a vida não vai lá muito bem. Foi um daqueles momentos 'O mundo é escroto'. Por conta disso, peço, humildemente, que vocês leitores não se assustem com o que escrevi. Juro a vocês que não sou assim, pelo menos não a maior parte do tempo."

A maior das hipocrisias

“Sou o mais sábio dos sábios, pois sei que nada sei”. Uma bonita frase. Verdadeira até, a maiorias de nós se atreveria a dizer. Mas quem é aquele que realmente pode dizer isso? Quem é aquele que é modesto o suficiente pra ousar dizer essa frase? Ninguém. Pois é inerente a natureza humana a prepotência. Frases como essas são verdadeiras sim, porém se tornam falsas e hipócritas quando ditas por qualquer individuo.

O conhecimento, de maneira geral, traz consigo, necessariamente, a soberba. Prova disso é quando nos propomos a fazer uma avaliação em que já sabemos que passaremos, ou o fato de ensinarmos aos nossos filhos o que é certo e o que é errado. Principalmente esta, pois se sabemos que nada sabemos, como podemos ensinar algo a alguém? Ainda mais se tratando de uma coisa tão subjetiva como o certo e o errado.

Praticamente qualquer exercício da modéstia é falso. Afinal, quem é aquele que nunca sentiu um gosto doce ao dizer, logo após ser elogiado, “ah, que isso..”? A modéstia nada mais é que uma máscara que usamos para encobrir nossos gigantescos egos, com o objetivo de que não sejamos taxados de presunçosos, o que, lá no fundo, sabemos que é verdade.

Mostrar o que sabemos algo é o objetivo final de todos os estudos. Seja para estar seguro no trabalho ou para simplesmente mostrar aos nossos amigos, estudamos para ter noção de que entendemos daquilo. E, se temos noção disso, nunca poderíamos pronunciar aquela frase, pelo simples motivo de “sabermos que sabemos”.

O ser humano é, por natureza, um ser maculado. Não adianta nos valermos de ditados que são “bonitinhos” para esconder essa macula, pois, no interior de nossas almas, sabemos que ela existe. Frases como a abordada não passam de tentativas de fazer exatamente isso, esconder o nosso lado podre. O que se deve fazer é aprender a conviver e aceitar essa podridão, e não omiti-la.


Por Derek

Pensamento do dia

Rejeito a sua realidade e a substituo pela minha!

Por Rafael

quinta-feira, 24 de maio de 2007

A morte de uma instituição

Nesta noite fria o silêncio se corta por vultos, é o fim dos sonhos! É o ponto final de uma vida. Palavras vazias não importam mais, futuros incertos caminham em ode a um amigo, que não os responde. Acompanhando de perto a multidão de lágrimas, não sabendo ao certo o que há de acontecer, sente-se estranho. Estranho em pertencer ao próprio funeral, como um sombrio espectador. A sua presença sentida na pele dos que o amam transmite medo, é a morte de uma instituição, que pensava, amava, sonhava e agora deleita a ausência de vida. No último momento, como um adeus, fixo meus olhos naquelas pessoas agora imóveis. Vejo medo. Saudade de um dia quem foi seu companheiro, filho e pai. Agora já nada mais posso a não ser me afastar e esvaecer. Percebo últimas palavras, e gotas de chuva terminam este cenário sombrio. Agora eu percebo, morri.

Por Rafael

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Pensamento do dia

Sobra,
por que o bastante nunca é suficiente!

Por Derek

O 1º

As incertezas sempre me fizeram mal
Será o amor uma incerteza?

Parece que sim.


Por Amélia

terça-feira, 22 de maio de 2007

Marcha Fúnebre

Seus olhos estavam fixos no mais ausente espaço vazio. As mãos suavam, os pés tremiam, a cabeça girava... Nunca esperara que o recebimento de sua sentença seria assim... tão tenso. Sempre imaginou, com a mais absoluta certeza, que a resposta seria positiva, e foram pouquíssimas as vezes que uma reprovação lhe passou pela cabeça. Porém agora toda aquela certeza tinha ido embora, empurrada pelos pensamentos pessimistas.

Só conseguia imaginar sua mãe aos prantos com a noticia.... O olhar fulminante de seu pai para ele... A cara de desaprovação de seus irmãos.... Nenhum deles, nem Gabriel nem Yan, passaram por uma situação desesperada com como esta! Nenhum dos dois chegou tão perto de representar uma decepção tão grande pros seus pais... seria ele, então, a maior vergonha da família.

Ele se arrependia tanto do maldito dia que tinha feito aquela maldita droga! Se arrependia tanto da hora em que optou por fazer aquilo no lugar de seguir uma vida certa como comerciante ou como fotógrafo... Quantos não são os donos de loja bem sucedidos por aí? Quantos não são os jornalistas ganhando milhões? Mas não... aquilo não era o suficiente para ele, queria mais! E agora, o máximo que vai conseguir é um lugar na fila dos desempregados...

Havia se esforçado. Sim, se esforçara muito para não estar ali, se sentindo assim... Mas, ao que se podia ver, não foi o bastante! Tinha de ser mais. Somente assim conseguiria evitar todo essa angústia.

Mas agora era tarde. Ele sabia que nada podia fazer além de rezar para que não fosse morto pelo pai. Se bem, que talvez nem Deus tivesse força pra isso. Foi então que lembrou da promessa que fez um tempo atrás para que conseguisse obter a resposta desejada. Ele jurou subir a escadaria da Igreja da Penha de joelhos se tudo desse certo. E estava desposto a subir até com as mãos, se sua prece fosse ouvida.

E assim foi. Com a mente perdida no obscuro futuro que se seguia chegou em fim no lugar onde receberia a notícia que mudaria sua vida para todo o sempre. Parou em frente, tomou coragem e disse:

- Me vê uma Folha Dirigida, por favor?

O senhor já idoso, com uma expressão compadecida, pegou o jornal e falou:

- UFRJ, né?

O vestibulando respondeu com um sorriso torto, de quem não quer dizer que se encontra numa situação ruim e, com um gesto lento cheio de medo e incerteza, pegou o pedaço de papel que lhe era entregue.

Foi direto na lista de aprovados. Primeiro, desesperou-se para encontrar medicina. Depois, procurou, sem sucesso, seu nome por toda a coluna... sem sucesso! Desesperou-se novamente. Até que, então, descobriu que havia uma segundo parte. E lá estava o seu nome.



Por Derek

Ode a loucura

Todo mundo é louco, menos eu! Mais porque esse computador não para de falar enquanto eu escrevo? Cada um em seu nível. Louco que é louco, se diz normal, se comporta normalmente, vive normalmente, e também por isso é louco. Não aceito a sua loucura, não espere me ver concordando com seus atos inconsequentes, você não vai ter minha aprovação para ser você mesmo. Ser louco é ser normal, sendo que o normal não existe. Não tente entender este precioso artigo cientifico, porque assim estará assinando atestado de loucura. Se você está pensando em parar de ler, não pense, só leia.
Em hipótese nenhuma pense, deixe se levar para dentro de si mesmo, sinta o grau de loucura do ser humano, da sociedade, sinta-se louco. Rejeito a sua realidade e substituo pela minha! Seja igual a mim, e não me copie. Não repita meus atos certos, somente os errado. Minhas escolhas erradas, serão as suas certas. Certamente definir loucura não é normal, escrever sobre a vida, sentimentos, não é normal. Sentimentos não são normais. Não é normal gostar de alguém, não pense você que pensar seja normal, quem é normal é louco! A vida é seria demais para que se seja serio, ou normal. O ser humano é muito complexo para ser entendido, muito mais simples nos auto denominar loucos. A teoria da loucura consiste em estar sempre um passo a frente de seus pensamentos. Saber o que você vai pensar é essencial para que se pense. Ande pensando no próximo passo, olhe pro céu em um dia nublado e veja estrelas, esta é a essência da teoria! Curta a vida, saia na chuva, pegue sol na sombra de uma árvore, sonhe acordado e pense dormindo, não seja o que todos esperam que você seja, surpreenda! Acorde em uma bela manhã e mande uma carta para você mesmo. Escreva coisas que você não saiba e só leia o que você já sabe. Dirija seu carro na contra mão, acelere no sinal vermelho, e pare no verde. Seja você mesmo, ao menos uma vez na vida, sem ter medo de ser chamado de louco. Não lembre do passado, pois isso é coisa de maluco. Não pense no futuro, não planeje o futuro, porque isso é coisa de gente normal. Não viva o presente, não respire, não pense. Seja o que você quiser ser, mais não seja igual a mim. Não adote um padrão e nem seja diferente de todo mundo. Loucura é ouvir som alto, tão alto quanto você possa aguentar. Normal é ouvir som baixo, o suficiente para se ouvir, mas quem nunca precisou de um som alto para animar a vida? Vida essa que resolve brincar com sentimentos, brincar com seu presente, brincar de mudar o futuro. Somos responsáveis pelo nosso futuro, porem não podemos muda-lo. Sonhos nada são alem de desejos frustrados. O normal agora é ser anormal.

Por Rafael

domingo, 20 de maio de 2007

Apresentação

A idéia de um blog sempre me perseguiu. Mas faltava motivação para começar. Hoje ela apareceu. Do nada, da vontade incontrolável de expor tudo o que está aqui dentro. São tantos sentimentos diferentes, incertezas, sonhos, vazios... Uma verdadeira chuva de idéias que surgem a cada segundo, e perturbam, e alegram, e tomam conta do pensamento! Acho que essa a realidade de nós quatro, e nada melhor que um lugar só nosso, para desabafos, alegrias e momentos únicos que ainda estão por vir. Conto com vocês, meus queridos, companheiros em todos os momentos, para atingirmos o tal sucesso absoluto. Em todos os sentidos.

Por Amélia

Paixões... desencantos... desesperos... alegrias... São tantos os sentimentos antagonicos que norteiam a mente de um adoloscente, que muitas vezes parece q o mundo vai ruir sobre nossas cabeças. Ainda mais se nós estivermos em ano de vestibular! Bem, é sobre esses sentimentos que esse blog vai se preocupar em retratar, com o objetivo de externalizar toda essa tempestade interna... acho que é só isso... espero que gostem...

Por Derek

Há nessa vida apenas um momento em que você sente que tudo está valendo a pena:quando as pessoas que você ama fazem a sua vida valer a pena. Tenho uma segunda família e esta,fui eu que escolhi. Mais uma família na qual tenho apoio,suporte e,principalmente, amor. Pode ser em pequenas coisas como um sorriso,um abraço,um apoio,um olhar de carinho.Em tudo,quando estou com vocês sinto a plena definição na palavra AMIZADE.Pode ser na minha enorme semelhança com a AMÉLIA,no nosso gosto,na nossa forma de gostar de alguém,nas nossas conversas sobre nossas alegrias e decepções,nas nossas críticas,nos nossos desesperos.Pode ser com o DEREK,com seu jeito peculiar e sua inteligência que,realmente,fascina.Quando ele conversa comigo e me ouve,ouve o que eu preciso dizer e me apóia.RAFAEL é simplesmente a pessoa mais bem humorada q eu conheço ,e quando eu preciso conversar seriamente,ele me ouve com a mesma dedicação que me oferece quando me faz rir,é um amigo indescritível.AMÉLIA,RAFAEL e DEREK esse blog é principalmente nossa válvula de escape e,só quero dizer pra vocês que eu amo conviver com vocês,ser amiga de vocês e mto obrigada por existirem na minha vida!

Por Marilu

Um blog. Uma vida em mil palavras! Idéias, gritos, sussurros e revoltas. Palavras de carinho, sentimento, lagrimas e sorrisos. A intenção é subir no palco e expressar opiniões. Poesia e tecnologia, essas serão as minhas inspirações para este espaço. A excitante mistura de realidade com imaginação, e um toque do futuro estarão presentes em meus textos. Quatro pessoas, quatro vidas, um só enredo, e é nesse contexto que vamos desenhar cada palavra deste blog. Veremos o que o tempo irá trazer.


Por Rafael